Blog do Victor Martins
Automobilismo brasileiro

Audi no Brasil

SÃO PAULO | A Audi apresentou nesta terça-feira (1°) em São Paulo o DTCC Audi, campeonato brasileiro direcionado a pilotos não profissionais e que usará o modelo A3 da montadora da alemã. Ainda que não tivesse se baseado na ideia da rival, a Audi segue os passos da Mercedes, que também vai estrear uma competição com […]

SÃO PAULO | A Audi apresentou nesta terça-feira (1°) em São Paulo o DTCC Audi, campeonato brasileiro direcionado a pilotos não profissionais e que usará o modelo A3 da montadora da alemã. Ainda que não tivesse se baseado na ideia da rival, a Audi segue os passos da Mercedes, que também vai estrear uma competição com seus carros.

A categoria nasce graças à união da Audi ao Driver Cup, evento que pertence aos empresários Décio Rodrigues Jr. e Dennis Rolim. “A ideia foi realmente trazer e abrir possibilidades para novos pilotos, que não tiveram chance de pilotar por seguirem uma profissão convencional”, declarou Rodrigues, que reiterou a proposta de não fazer do DTCC Audi um campeonato suporte. “A gente quis fazer um projeto exclusivo nosso, sem juntar com outra categoria. Se a gente juntasse com a Stock Car, seríamos um evento de suporte. Não queríamos conflitar com nenhuma outra.”

A Audi é a segunda montadora alemã que terá uma categoria própria no Brasil. Mês atrás, a Mercedes oficializou seu Challenge, com o modelo C250. Mas Rodrigues descartou que a proposta tenha nascido com base na rival e uma competição entre ambas. “A gente já está com este projeto desde fevereiro do ano passado. Decidiu-se pela Audi em junho, tanto é que em novembro os carros já estavam no Brasil”, falou Décio. “E a gente não vê como categorias conflitantes, até mesmo pelo custo delas. Na Mercedes, a preparação dos carros é feita por equipes próprias, e no nosso caso, nós é que fazemos. Se a gente for falar de concorrente, a mais próxima disso seria a Mini, pelo formato”, completou.

Uma temporada do DTCC Audi poderá ser feita com R$ 178 mil, mais gastos com pneus — os PZero, mas ‘made in’ Turquia —, elevando a conta para algo cerca de R$ 200 mil. No caso da Mercedes, parte-se de uma base de R$ 196 mil e gastos por corrida que podem superar R$ 500 mil por ano. O modelo A3 Sport 2.0 terá 200 cavalos de potência. Os testes de equalização devem acontecer no dia 25 do próximo mês.

O DTCC Audi usará combustível da Petrobras, além dos pneus Pirelli — que serão importados para que se alcance “o máximo de performance e durabilidade”, como definiu Fábio Magliano, diretor da fornecedora. O campeonato conta com as parcerias da Della Via, da Eurobike e da Scorro.

Ao todo, serão seis rodadas duplas, com início em Curitiba, nos dias 8 e 10 de abril. A última etapa está marcada para o circuito do Velopark, entre 7 e 9 de outubro. 

O DTCC Audi vai contar com 16 carros do grid — e de acordo com a organização, 60% do grid já está formado — ou seja, nove ou dez. Cada corrida terá a durante entre 25 e 30 minutos, sendo que a segunda bateria terá a formação das posições de largada invertida de acordo com o resultado da primeira corrida para os oito primeiros colocados.

Cada fim de semana vai contar com quatro treinos livres. No treino classificatório, os pilotos terão direito a algumas voltas lançadas para a definição da pole-position.

O DTCC Audi é igual para TV e público: será fechado. Uma emissora a cabo é quem vai transmitir a categoria, que não vai contar com público nas três primeiras etapas — o que considero um erro estupendo.