É um papel dos mais ingratos para Heidfeld, no fundo. Como o próprio disse, teve de voltar à F1 de novo nestas circunstâncias — no lugar de alguém, como fez com De la Rosa na Sauber no fim do ano passado — é muito chato. Heidfeld não é Kubica, só que vai ter de ser. O alemão tem lá sua eficiência e eficácia. Dez anos de experiência são lá muita coisa a ser aproveitada nesta F1 restritiva a testes. Não seria o próprio De la Rosa quem tiraria essa vaga, tampouco um Liuzzi tão frívolo em 2010.
Heidfeld fez seu papel com maestria sábado passado. Ficou com o melhor tempo e tal, e se o fez nas condições normais de temperatura e pressão, é de observar atentamente o quão boa é essa Lotus Renault e o que, enfim, Nick tem a mostrar.
Seria demais pensar que Heidfeld pode lutar pelo título nesta altura da carreira. O raio que caiu na Brawn e atingiu Button depois de uma década de serviços prestados na F1 dificilmente vai voltar à ativa. Mas se beliscar uma vitoriazinha, ao menos uma boa parte do mundo vai tirar a má impressão que tem de um piloto cuja qualidade é acima da média.
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