Blog do Victor Martins
F1

McLinda

SÃO PAULO | Gosto da McLaren. Não torço, mas gosto. A McLaren é do tipo de equipe que deveria ter uma torcida tão relevante e difundida quanto a da Ferrari, pela importância da equipe de Woking na F1. E o que me faz ter um apreço pelo time é que, em termos de carros, não […]

SÃO PAULO | Gosto da McLaren. Não torço, mas gosto. A McLaren é do tipo de equipe que deveria ter uma torcida tão relevante e difundida quanto a da Ferrari, pela importância da equipe de Woking na F1. E o que me faz ter um apreço pelo time é que, em termos de carros, não há medo em arriscar. Reparem: a McLaren sempre tem algo diferente em relação às outras. O último grande pulo do gato foi o tal duto frontal.

Hoje, a apresentação em si foi diferenciada: o carro ali desmontado na Potsdamer Platz de Berlim, com peças de plástico representando o falso escapamento tradicional. Que talvez tenham ficado de lado por conta daqueles ‘sidepods’, as entradas laterais do carro, em L — a McLaren fala em U, mas no meu alfabeto romano aquilo é um L. Aí  a cobertura do motor, a asa dianteira e os pneus foram vindo aos poucos. Além da abertura do santantônio, lá aparece uma entrada extra, tipo uma exposição clarividente do duto frontal que foi proibido naqueles moldes de 2010. E na parte frontal há aquelas aletas nas extremidades que todas têm, mas ao lado delas surgiu uma peça curvilínea, adaptada do modelo do ano passado que ela mesma havia inventado.

É, de fato, o mais inovador carro de 2011. E a McLaren já avisou que escondeu muito de seu jogo. Todas as dicas que vêm dando apontam para um escapamento similar ao da Renault — nem tudo se cria —, jogando o ar expelido pelo motor para a frente, próximo ao L lateral. Mal foi à pista, tal, mas o carro já parece bem nascido, com cara de vencedor.

Pintou o grande rival do RB7 da Red Bull.