Blog do Victor Martins
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Brasileirinhas do GT, 4

INTERLAGOS | Pois o negócio aqui está quente de notícias, e só agora vem o bom dia. A Evelyn Guimarães chegou a dizer que o negócio está ululante de informações. E está, mesmo. Falei longamente com o ex-presidente da CBA, Paulo Scaglione. E aí brotam mais outras coisas adjacentes, e o resultado os caros internautas […]

INTERLAGOS | Pois o negócio aqui está quente de notícias, e só agora vem o bom dia. A Evelyn Guimarães chegou a dizer que o negócio está ululante de informações. E está, mesmo. Falei longamente com o ex-presidente da CBA, Paulo Scaglione. E aí brotam mais outras coisas adjacentes, e o resultado os caros internautas verão em breve no Grande Prêmio e na Revista Warm Up.

Mas vai aqui uma crítica. Este é um evento FIA, que, portanto, é grande por sua natureza. Os carros que aqui estão são os mais competitivos em termos de competição e velocidade. Não tenho nenhuma dúvida que uma galera imensa se proporia a dar muita coisa, e não vou entrar no mérito e na profundidade do quê, para ver de perto Maserati, Aston Martin, Corvette e Nissan, para dizer o mínimo, super máquinas que povoam o sonho de consumo. Os ingressos aqui custam mais baratos que uma partida de futebol, minha gente. E tem 67 pessoas, contadas, na arquibancada.

Digamos que foram pagos R$ 10 por todos que ali d’outro lado da pista estão. R$ 670 é o lucro da organização. A preocupação não é o saldo, que se lasque de verde e amarelo o saldo, mas é a análise inicial de que, espontaneamente, poucos se dispõem a sair de casa para ver uma corrida de grande porte em Interlagos. É impossível crer que só 67 pessoas queiram ver uma programação que conta com corridas de GT1, GT brasileiro e moto. Hão de dizer que é sábado, que o negócio só pega no domingo, mas é cascata. Quem gosta vê até de segunda, 7 da matina, sol na cuca ou sem se importar com a capa de chuva grudando no corpo. Aí alguém pode pensar que não tem ninguém para torcer. Tem pelo menos sete brasileiros, dois deles que passaram pela F1. E se a questão é torcer, tem outros 39 para escolher.

Torço sinceramente para que amanhã esteja minimamente cheio este autódromo. Que seja uma impressão errada ou um caso de exceção. Do contrário, me resta a convicção de que automobilismo para o paulistano se resume à F1 e ao povo que só quer o conforto, a pompa e o bem-bom dos HCs e/ou que recebe um convite para vestir as cores e marcas das empresas e não tem o que fazer num domingo de manhã.