Com este discurso esportivamente ético, o comando da Red Bull vai se eximindo da responsabilidade e deixando na lomba de Vettel a decisão. E o campeonato, então, seria lembrado pelo ‘coadjuvante’ que lutava pelo título e que optou por exercer o papel de terrível vilão — que pesou tudo o que rolou e foi falado ao longo do ano por parte do desafeto — ou do atirado, mas bom moço, que pensou na equipe — descartem que vá pensar propriamente em Webber, é bobagem — e, eventualmente, no quanto pode ganhar lá dentro.
O curioso deste caso inédito na história da F1 é que parece óbvio que isso vai acontecer na corrida de domingo. Vettel vem numa fase melhor que a de Webber, que não vence há seis provas, enquanto o colega taurino papou duas — os pontos, talvez, não representem a superioridade: nestas seis corridas que não ganha, Markola marcou 77 pontos contra 80 de Sebastião.
Só que tão óbvio, mas tão óbvio, é capaz que nem aconteça: ou Webber vira o super Webber da Inglaterra e leva a prova de braçada — e aí conta, sim, com Vettel em segundo — ou o australopiteco morre como peru, na véspera, em algum erro na classificação, e tal.