Resumidamente, Hughes vê que Alonso fatalmente perderia a posição para Massa e provavelmente para mais rivais. Com a atuação do brasileiro, o espanhol acabou voltando só atrás de Hamilton. Assim, supostamente, Massa seria o beneficiado pelo erro de Hamilton assim que o safety-car em vigor voltou para os boxes, e a Ferrari não poderia pedir para o brasileiro ceder a posição porque o inglês estaria entre os carros vermelhos.
Agora me vem à cabeça a expressão de incômodo de Massa no pódio… pensando longe, Felipe poderia estar daquela forma porque, com o erro de Hamilton e o abandono de Vettel, poderia ser ele o vencedor da prova.
O artigo 39.1 do regulamento esportivo que se refere às ordens de equipe ainda está lá, mesmo que a F1 tenha afirmado que vá revê-lo. No caso, a Ferrari seria reincidente, e uma nova punição, mais severa, poderia ser aplicada. A situação chega a ser diferente da vista na Alemanha: enquanto a Ferrari promoveu entre si uma troca de posições, no caso da Coreia sua atitude promoveu uma mudança no resultado da corrida envolvendo os demais.
Não vai dar em nada, claro. Mas a Ferrari não perde a fama, mesmo.
Acréscimo: dei uma pesquisada rápida no site da FIA. A parada de Massa levou 24s048 na volta 31. A de Alonso, na volta seguinte, levou 27.610. Isto é, o espanhol perdeu pouco mais de 3s5 para o companheiro. De acordo com o ‘lap chart’ da FIA, Massa estava 10s549 atrás de Alonso quando foi aos boxes. Assim, Alonso voltaria com folga na frente. A reportagem, então, só se torna válida se realmente a Ferrari pediu para que Massa desse uma segurada no resto. Porque a ordem, então, tornou-se desnecessária.