Blog do Victor Martins
F1

Yin Yang, 3

SÃO PAULO | Guiou o fino, esse Webber. Com os pneus duros e usados, andou na balada dos demais com os mais macios. Quando se igualou aos demais, virou 0s2 melhor, com cara de quem poderia ter enfiado 0s5 goela abaixo, já na casa dos imaginados 1min37s. Atrás da Red Bull vieram a Ferrari de […]

SÃO PAULO | Guiou o fino, esse Webber. Com os pneus duros e usados, andou na balada dos demais com os mais macios. Quando se igualou aos demais, virou 0s2 melhor, com cara de quem poderia ter enfiado 0s5 goela abaixo, já na casa dos imaginados 1min37s. Atrás da Red Bull vieram a Ferrari de Alonso e a McLaren de Hamilton. Parece que os prateados estão mais próximos, e isso se deve mais às condições primárias da pista — ainda sem a aderência/borracha necessária — do que propriamente pela performance do carro.

Entre os três outros companheiros houve um sempre esplêndido Kubica, que pode até aprontar, sim. Tomou 0s7, mas tem uma Renault bem acertadinha, sobretudo no primeiro setor, com mais retas. Petrov é prova de que o carro está bom, terminando em oitavo — e por muitas vezes autor do ‘stint’ inicial mais rápido. Aliás, o mesmo acontece com McLaren e Ferrari. A Red Bull já vem melhor nos outros dois trechos, sinuosos, provando a essência de sua eficiência.

Segue a tabela de tempos, e aparecem embaralhadas Sauber e Mercedes, depois Williams e Force India — que brigam pela primazia duvidosa da sexta força do campeonato —, as Toro Rosso tentam entrar no bolo, e, então, Lotus, Virgin e Hispania. Uma divisão bem clara de como se encontra a F1 e sua relação de forças. É bem por aí, de fato.

Esta pista xexelenta, com a qual a gente vai se acostumando, tende a propiciar uma classificação e uma corrida das mais interessantes, no fim das contas. Já se viu que uma escapadela qualquer detona os pneus. E vai ser impossível fazer as 55 voltas no domingo sem que ninguém erre nada. É no fio da navalha, como dizem os puristas e amantes de clichê.

Yin Yang. Há males que vem pro bem.