BLUMENAU | Não foi lá a melhor das corridas, até para quem viu a corrida a partir da metade da corrida. Nestas horas sempre é bom uma transmissão ao vivo, e no glorioso Grande Prêmio fui acompanhando a batida de Massa com Liuzzi, a de Petrov com Hülkenberg, a do bem com o mal. E quando, então, pude assistir, Vettel já vinha com o ritmo para ganhar a parada, sem que Webber, mesmo andando mais rápido, pudesse ameaçá-lo. Até porque o australiano não ia arriscar perder 18 pontos para ganhar mais 7. Não valia a pena repetir algo como o que rolou na Turquia.
Vettel, enfim, ganhou. Chegou aos 206 pontos, empatou com Alonso, que foi fichinha no fim de semana, e agora vai para a Coreia para tentar voltar à briga. Que deve se resumir aos três, afinal a McLaren tem acusado seguidamente os golpes que a vida tem lhe dado, sobretudo com Hamilton. Essa caminhada de Button para chegar em quarto ou quinto é para bovino descansar. Só.
Webber tem sido esperto, e mesmo sem vencer, vai abrindo dos rivais. Por enquanto, Markola vem num campeonato impecável, até estranho para alguém que nunca foi virtuose e jamais havia chegado numa condição de disputar o título. 14 pontos à frente de Alonso, Webber tem de conseguir uma vitória para impedir que seus dois principais rivais não atrapalhem sua vida.
Mas tudo isso é perfumaria diante de Kobayashi. Que se lasque o resto. O cabra é bom demais. Aí ele vem em sexto, troca os pneus, cai para 12º, aproveita-se que Sutil e Rosberg abandonaram, mas passa Alguersuari, Heidfeld e Barrichello de tal forma que torna todas as teorias de que não se dá para passar em patifaria. Kobayashi é um mito, convenhamos, e já merece algo muito melhor que a Sauber. A Ferrari já lhe cabe. Porque só dizer que se trata do melhor japonês que o automobilismo já viu é pouco e ridículo para dar a ele como predicado.
É tudo. Vamos festejar. Em ritmo germânico…