Então está claro para todo mundo que, na corrida, que deve ser disputada em tempo seco, Vettel e Webber terão facilmente os melhores carros. Os dois só vão depender do que vai acontecer no sábado. Vettel é bom de chuva, mas não tão precioso quanto este Alonso em franca evolução e este Hamilton em evidente decadência. Button é um lorde Byron em qualquer condição, assim não seria surpresa se miscuir na briga pela pole. O iluminado Webber ainda deixa a desejar nestas condições, mas nada que seja tão comprometedor. A questão é que a situação de pista molhada, ‘wet’ para os íntimos, aproxima outros pilotos igualmente competentes, como Kubica, Barrichello e até Sutil. E aí a pretensão de dobradinha da RBR se transforma em drama.
E entre Vettel e Webber há alguma diferença. O alemão está mais rápido. Não os 0s6 de Cingapura, mas leva vantagem ainda em metade deste tempo. Vettel vem numa regressiva pessoal, tem porque tem de vencer onde já ganhou com um pé nas costas no ano passado. E Webber vai cercando os rivais enquanto pode. Um segundo lugar até lhe viria a calhar.
Kubica não precisou da pista molhada para mostrar seu valor. Apareceu em terceiro, mas andou com os pneus macios na toada do que as Red Bull andaram com os duros. É que, para a Renault, tomar 0s7 tá mais do que de bom tamanho. Alonso, quase 0s9 atrás, é quem tem de se preocupar. Button levou 1s de nabo. Não há de perder cabelos, cerebral que é. Hamilton bateu no primeiro treino e andou só 8 minutos no segundo. Afe, diria Evelyn Guimarães. A Mercedes até que andou bem, mas não se deve confiar muito que Rosberg e Schumacher vão andar assim ao longo.
Não seria exagero dizer que uns oito pilotos disputam a pole — e não incluo Massa nessa previsão. Para a Red Bull, um bom resultado é encaixar seus dois carros nas duas primeiras filas. Não é fácil passar em Suzuka, apesar da magia que há em torno deste circuito, e depender de uma estratégia nos pits é deveras arriscado. O sábado, molhado, vai ser uma prova de fogo. Principalmente para Vettel.