Blog do Victor Martins
F1

O fim do primo

SÃO PAULO | E lá foi a Sauber chutar os fundilhos do primo De la Rosa en la callada de la noche para promover a volta de Heidfeld à F1. Heidfeld, 33, começou o ano como piloto reserva da Mercedes em um carro meio rainha da Inglaterra, depois foi chamado para ser o testador da Pirelli com […]

SÃO PAULO | E lá foi a Sauber chutar os fundilhos do primo De la Rosa en la callada de la noche para promover a volta de Heidfeld à F1. Heidfeld, 33, começou o ano como piloto reserva da Mercedes em um carro meio rainha da Inglaterra, depois foi chamado para ser o testador da Pirelli com o carro da Toyota de 2009 e agora ganha uma sobrevida de cinco provas.

Primeiro sobre o que entra: Heidfeld nunca foi lá também uma excelência em pilotagem. Ficou anos na categoria, em equipes medianas e até que se aproximavam da vitória, mas nunca conquistou uma. É o piloto fora de atividade que mais tem condições de andar no ritmo dos demais do grid nesta F1 que poda treinos. Vai demorar umas duas ou três provas para se reambientar ao carro da antiga BMW — onde disputou a temporada do ano passado — e só no Brasil e Abu Dhabi é vai se ver algo dele.

De la Rosa sai da F1 porque Peter Sauber viu nele um competidor tão enferrujado quanto Schumacher está para a Mercedes pelos anos que ambos ficaram afastados das competições. Aos 39, Pedro Martínez deve promover a troca simples das cadeiras e ocupar o posto de Nick na Pirelli — é, ao menos, a coisa mais sensata no momento. A verdade é que o tempo de DLR acabou na F1. Grande pessoa, foi devorado pela jovialidade e pelo sistema imposto pela categoria que previne gente parada há muito tempo de voltar à velha forma. Nunca foi também um primor. Só merecia uma despedida mais digna.