SÃO PAULO | Pois pipocou hoje na internet um vídeo interessante: o de Massa largando fora da posição no GP da Bélgica.
A cena é vista e gravada da arquibancada de Spa & Francorchamps por um espectador — e, claro, como se ouve, sempre tem um brasileiro infiltrado em qualquer lugar. Massa passa do colchete designado ao sexto lugar e põe pouco menos de meio carro à frente da marca branca. A largada deu-se sem que isso fosse percebido por Charlie Whiting ou o comissário responsável pelo carro do brasileiro — muito embora sua função, a de agitar a bandeira amarela, só se dá quando o piloto faz um movimento indicando problema.
Anos atrás, num GP da Malásia, Fisichella conseguiu, acho que em 2001, de Renault, errar sua posição de largada. Tentou esterçar, ficou parado no meio do grid, provocou uma nova largada e tal. Deu pane no italiano — ele tinha dessas.
O regulamento, no artigo 38.9, no item “Procedimento de largada”, que, “quando os carros voltam ao grid no fim da volta de formação, eles vão parar em sua posição respectiva no grid, mantendo seus motores funcionando”. E não há menção algums sobre o assunto. Massa foi esperto, a bem da verdade. Ficou ali, quietinho e se preocupou com o apagar das luzes para não queimar propriamente a largada. Na minha opinião, acabou queimando antes. Ainda que não tenha ultrapassado ninguém além de Webber, levou vantagem. Não parou devidamente em sua posição respectiva no grid. Abre o precedente para todo mundo colocar seu carro centímetros ou metros a mais. Ninguém viu, ficou por isso mesmo.
Taí mais uma coisa que a FIA e a F1, sim, teriam de reavaliar.