SÃO PAULO | O jornalista Paul Weaver, do The Guardian, contou em uma reportagem que a rusga e o princípio de crise que foi instaurado na Red Bull tentou ser amenizada no karaokê.
Na noite de domingo, Christian Horner chamou uma galerinha batuta para sua casa na Inglaterra. Como acontece às vezes no bar do Tônico ali no fim da rua, ligaram o aparelho musical. Vettel pegou o microfone e cantou ‘Summer Of 69’, de Bryan Adams. Webber foi mais além e arriscou no violão ‘Smoke On The Water’, Deep Purple. E todos juntos cantaram ‘American Pie’ — na versão original de Don McLean, não da mais ‘pop’ da Madonna.
Tudo muito bom, tudo muito bonito. Há boatos que alguém ali era fã do Gonzaguinha e queria cantar ‘Asa Branca’, mas de asas já estavam meio fartos e declinaram.
A verdade é que as coisas não foram digeridas. A Red Bull não gostou nada das ironias de Webber, tanto após a classificação, na coletiva de imprensa, quanto depois da corrida, via rádio. A reunião que era para ter acontecido ontem de manhã foi adiada. A equipe vai alegar que é uma equipe. E Webber vai se defender dizendo que não é segundo piloto. Mais: à imprensa australiana, quando perguntado se tomaria uma cerveja com Vettel na tarde do domingo, Webber respondeu: “Definitivamente não”.
A Red Bull vai ter de cantar muito para resolver o problema.