SÃO PAULO | Nem é preciso esperar o fim do jogo da França. Acabou de ser expulso Gourcouff, por um lance que, vá lá, é discutível, aquele cotovelo na cara do sul-africano. Mas la ines c’est morte, diria o poeta. A França já toma de 1 a 0, com um a menos. Deprimente. Desolador.
Domenech leu carta dos comandados à imprensa e entrou em campo hoje, posicionando-se no lugar da bola no pontapé inicial, olhando para o horizonte, olhando para o nada, consciente de que estava no centro do mundo e que as câmeras o flagravam, dando tchauzinho pra si mesmo. Domenech se despediu de si porque provavelmente se despediu do esporte. Antes do jogo, Domenech despediu a França da Copa, Copa em que entrou sabendo da qual sairia despedido.
A França virou um resto diante do mundo, e muitos, como eu, acham que isso é consequência de um ato manual de sete meses atrás. O que a França é hoje aponta, acima de tudo, que não se deve brincar com irlandês nenhum. O St. Patrick deles é mais forte do que qualquer outro santo católico.