INDIANÁPOLIS _ Desci com o amigo Américo Teixeira Jr. e partimos para a garagem da Penske, ali no Gasoline Alley. A entrada daqueles boxes está protegida por um policial, e o tira pergunta um a um o que está fazendo lá. Não ia responder simplesmente que estava lá por estar, não sou da equipe, da família, nem nada, apenas apontei para o Américo, que se identificou como assessor, e o aceno do dedo indicador funcionou.
Havia ali umas 50 pessoas, pelo menos, entre mecânicos, demais membros da equipe e afins, tipo eu. Conversei um pouco com o pai de Helio, homônimo, e por ora, tudo tranquilo. Katiucia também estava lá. Helio apareceu depois com a namorada colombiana. Numa bancada, havia cartazes do tamanho de uma folha de sulfite, e a mensagem estava lá, ‘Go for four’, vá para a quarta vitória em Indy.
Partimos para a pista, enquanto o povo andava pra cá, pra lá, pra qualquer lugar, e isso na mais perfeita ordem. Sem muito problema, passei pelos tijolinhos, e os carros já eram levados para suas posições nas filas. Da sexta onde estava, fui até a primeira, onde as atenções se concentravam nos dois veículos da Penske e no da Ganassi.
Os mecas da Penske deixaram seus capacetes sobre as asas dianteiras de seus carros, e neles havia uma mensagem, ‘get well, Nick’. Nick foi chefe dos mecas do grupo de Castroneves por mais de dez anos e acabou afastado de suas funções no começo da temporada por certo avanço da idade. Mas acabaram resgatando Nick, e ele volta aqui em Indianápolis para ser o spotter de Helio na curva 2.
Mais uns passos e boas conversas, encontro ali uma muvuca, e é Jack, não o Shephard, de Lost, mas Nicholson, o mestre, e eu reconheço muito sendo um nada cinéfilo. Passei e falei um ‘hi, Jack’, mas ele estava mais preocupado com Mario Andretti ao lado dele. Segui o fluxo e cá estou na sala de imprensa. Falta uma hora. Começa a preparação. E me permitam uma confissão: isto aqui é melhor que a F1. E aproveitem para dizer: quem vai vencer a corrida e o que acham que vai acontecer?
Volto depois do almoço.