Blog do Victor Martins
F-Indy

KV sem Moraes e F1 na Indy

SÃO PAULO | A KV passou 2009 dando todo o suporte quase que único para Mario Moraes, e pela ligação que se via com Jimmy Vasser, passeios, brincadeiras e fotos no Twitter, era — e ainda é — difícil de se imaginar que uma prolongação no contrato não ocorresse de forma simples, após uma ou duas reuniões, […]

SÃO PAULO | A KV passou 2009 dando todo o suporte quase que único para Mario Moraes, e pela ligação que se via com Jimmy Vasser, passeios, brincadeiras e fotos no Twitter, era — e ainda é — difícil de se imaginar que uma prolongação no contrato não ocorresse de forma simples, após uma ou duas reuniões, acertos financeiros e tal.

É bem verdade que houve um percalço nas negociações, questão de milhões a mais ali ou aqui para garantir a vaga, mas, novamente, nada que pusesse em dúvida que um lugar na KV estivesse reservado ao brasileiro. Na semana passada, soube que Takuma Sato seria companheiro de Mario — e dessa forma uma fonte me confirmou —, na pretendida expansão para dois carros.

Mas as coisas mudam.

De garantido, Moraes virou apenas preferência. De preferência, caiu para opção de um dos carros da KV, que já podem ser três no total.

Sim. Três carros.

A KV é a equipe da Indy mais visada no momento. É aquela que incomoda as grandes e que cobra um preço de razoável para bom — em comparação à Andretti, por exemplo, que pede algo em torno de US$ 8 milhões. Não à toa Nelson Merlo, Graham Rahal e Ernesto Viso se aproximaram da equipe. Merlo, dependente de um terceiro patrocínio, deparou-se com a frustração assim que soube que a KV já tinha fechado sua então dupla — e, pelo que ouvi de pelicano papudo, já está engajado em um novo projeto em tom verde e amarelo nacional.

Assim, se não der certo com a KV, restam a Moraes as tratativas com outras equipes — de ponta. Neste cenário, é bom ressaltar que a Andretti ainda tem vagas disponíveis, e Tony Kanaan pode ser peça fundamental numa negociação. E a KV ainda deixa aberto seu concurso — para uma ou duas vagas. Sato, este com contratado assinado, deveria ter ido a Indianápolis ontem, mas as nevascas nos EUA impediram seu deslocamento. Viso ainda é nome forte. Rahal também belisca algo, já que na Newman/Haas/Lanigan não vai ficar porque a equipe perdeu o patrocínio do McDonald’s. E um terceiro piloto, que não aparecia em nenhuma lista, surgiu forte: James Rossiter.

Rossiter é britânico e pleiteava uma vaga na F1 pelas mãos da USF1. E segundo uma ave que voa além destas fronteiras, é justamente a F1, mais precisamente uma equipe novata, que vai ajudar o piloto a arrebatar essa vaga na KV.

Uma ajuda em tom verde e amarelo internacional. Um verde British com grana asiática. Que pode usar a Indy como sua plataforma de exposição.

As coisas mudam, mesmo…