Blog do Victor Martins
F1

Ritmo de fim de ano

FLORIANÓPOLIS | Já é o terceiro dia que estou por estas bandas, que me lembram Belém, muito embora nunca estive lá. O sol reina e racha até momentos antes de se por, e aí as nuvens chegam rápidas, despencam uma chuva de uns 20 e tantos minutos, e a noite surge fresca, e a madrugada já estrelada convoca um […]

FLORIANÓPOLIS | Já é o terceiro dia que estou por estas bandas, que me lembram Belém, muito embora nunca estive lá. O sol reina e racha até momentos antes de se por, e aí as nuvens chegam rápidas, despencam uma chuva de uns 20 e tantos minutos, e a noite surge fresca, e a madrugada já estrelada convoca um novo dia igual ao anterior. E assim, bem, vamos até que 2009 vire 2010, e a vida volte à normalidade de seu eixo.

A pausa do fim de ano é necessária e reflexiva, tanto que, tapado que sou, esqueci de dar as caras por aqui. A gente tenta se desapegar do computador, curtir mais uma praia, sentar, beber cerveja e caipirinha com os amigos, falar das gurias loiras que desfilam aos montes por este abençoado lugar da terra brasilis, ir para o apartamento e fazer a comida mais salgada que era possível para o momento. Foi o frango picado que serviria de acompanhamento para o arroz bem feito que cagou a janta. A transformação em risoto, misturando com um requeijão não muito católico, não funcionou. E tudo virou um prato cheio para a Karen, o Erick e o Rodrigo aloprarem até o último fio de cabelo com sal.

Os dois kartódromos que serviram de palco para os pilotos brincarem de kart estão às moscas. O dos Ingleses, vendo pela estrada — a SC-qualquer-coisa; não me lembro o que Marcela, o nome que demos ao GPS, falou —, é um mero lugar longínquo esquecido por completo. O de Canasvieiras parece que não existe mais. Toda aquela estrutura montada para a corrida de um mês atrás se foi. O povo cai aqui pra passar o réveillon na praia ou numa balada de R$ 700 da vida. Kartódromo é como lareira nestes tempos de verão.

Enquanto isso, Canasvieiras enche à noite, bem como o trenzinho que enche e atrapalha o trânsito. A Praia Brava, que voltei a visitar após três anos, segue um espetáculo, com seu quiosque agitado e o som agradável. A Lagoa não tava lá grande coisa, um monte de barzinho que tem o mesmo estilo e nenhuma sorveteria sequer para agradar a vontade do Rodrigo, que certamente queria compensar o excesso de sal de dias atrás.

Daí usamos Marcela para nos guiar até uma sorveteria na parte continental. Marcela indicou que havia uma num espaço de 3,4 km, e lá fomos pelas ruas que nunca tínhamos visitado nesta cidade até cairmos em um lugar que lembrava a Praça da Sé, bem mais estilizada e limpa, evidente, e aí passamos por um beco aqui, outro acolá, e caímos numa praça, e Marcela disse “chegando ao seu destino”, e o destino era uma igreja, e começamos a rir porque Marcela deve ter se cansado de tanto nos guiar por todos os pontos aqui e não obedecermos seus trajetos. Foi a vingança de um GPS com inteligência artificial, e no fim das contas fomos tomar o maldito sorvete na conveniência de um posto. Agora é esperar a Livia, o Rafinha e o Hansen virem para completar a festa.

E o dia vai terminando, e como nota final, só a patacoada sobre a notícia de Nelsinho Piquet na Campos, e que Nelsão comprou 15% da equipe, ‘Día de los Santos Inocentes’ nos países hispânicos, algo muito próximo ao nosso 1º de abril, e muita gente caiu na brincadeira. No fundo é divertido, e assim vamos levando.

E que todos tenham um fim de ano divertido. Aproveitem bem, e entrem 2010 com tudo. Aquela paz, aquela saúde, aquela felicidade, aquele sucesso. Que nos vemos lá em breve.