Blog do Victor Martins
F1

Di Grassi na Virgin Manor

SÃO PAULO | Porque o jornalismo é dinâmico e eu, notívago, já deixo aqui aos caros internautas a matéria que vai ao ar em algumas horas no Grande Prêmio.  Lucas Di Grassi preferiu não esperar o que a Renault vai fazer de sua vida para então tomar uma decisão. Há alguns anos preso na GP2, o […]

SÃO PAULO | Porque o jornalismo é dinâmico e eu, notívago, já deixo aqui aos caros internautas a matéria que vai ao ar em algumas horas no Grande Prêmio

Lucas Di Grassi preferiu não esperar o que a Renault vai fazer de sua vida para então tomar uma decisão. Há alguns anos preso na GP2, o piloto que vinha batendo à porta da F1 sem que alguém a abrisse finalmente vai estrear na principal categoria do automobilismo. O Grande Prêmio pode confirmar que o brasileiro será o segundo piloto da Virgin em 2010.

A Virgin é a Manor rebatizada e deve anunciar seus planos nesta terça de manhã na Inglaterra, por volta de 7h pelos lados do horário de verão brasileiro. A equipe que estreia na F1 impulsionada pela marca da indústria fonográfica de Richard Branson já havia assegurado um carro para Timo Glock.

A Manor conhece bem os serviços de Lucas. A parceria chegou, por exemplo, à vitória do GP de Macau da F3 em 2005. Logo que a equipe foi confirmada como uma das novatas do ano que vem, Di Grassi se tornou candidato natural. John Booth, o chefe da equipe, vinha dando as dicas de que o paulista seria o “piloto perfeito”.

Outro que aparecia entre os postulantes era Antonio Pizzonia. Que deu a deixa no Twitter, na noite de quinta-feira, do fracasso das negociações com o time. “Hoje fui informado pela equipe Manor que eu não serei o piloto deles na temporada de 2010.”

Di Grassi ainda tinha algumas chances, remotas, na Renault. Só que era difícil para Lucas confiar na equipe. Primeiro porque o time sempre esteve para alçá-lo à F1, na época de Nelsinho Piquet, e nunca o fez. E também porque a Renault provavelmente não será mais a Renault, que resolveu em mais uma daquelas reuniões de sua cúpula desistir da categoria por etapas. Partiu para a chance mais concreta.

No fim de novembro, dia 29, Di Grassi deixou o Brasil — onde acabara de disputar o Desafio das Estrelas, a prova de kart de Felipe Massa, em Florianópolis — e viajou para a Europa para participar dos testes da F1 em Jerez. Fez escala na Inglaterra, e no dia 30 assinou o contrato com a Virgin/Manor, que vai usar motores Cosworth. Daí foi para a Espanha.

Vai ajudar Lucas o patrocínio da Unilever. A empresa, que completa 80 anos no Brasil e é proprietária de uma gama de marcas alimentícias e de cosméticos, vai estampar em Di Grassi a marca de seu xampu Clear.

A chegada de Di Grassi marca a quarta presença de um brasileiro na F1 em 2010. Felipe Massa na Ferrari, Rubens Barrichello na Williams e Bruno Senna na Campos Dallara também estão confirmados na temporada que será a mais inchada da F1 em mais de uma década.