Hamilton aprova Sutil

F1 GP" width="460" height="614" />INTERLAGOS | Lewis Hamilton e seu pai, Anthony, tem formado até um ritmo de tanto baterem o pé com relação à ideia da McLaren em ter Kimi Raikkonen de volta. O inglês não tem poder por contrato para decidir quem vai ter a gloriosa honra de ser seu companheiro, mas ganhou total direito de vetar ou aprovar. Um faisão europeu me contou que um nome já passou pelo crivo de Hamilton.

É o de Adrian Sutil.

Os dois são amigos há um bom tempo, muito antes dos tempos em que eram companheiros na equipe ASM na F3 Europeia há quatro anos. E Hamilton sabe que Sutil pode ser, novamente, seu fiel ajudante.

Apesar de a ASM ser a dominante à época, a preferência da equipe era toda dada a Hamilton, até porque havia o investimento puro e maciço da McLaren em transformá-lo em fazer daquele prodígio o novo astro da F1. Sutil funcionava como um segundão de luxo, mesmo.

Os dois chegaram à F1 ao mesmo tempo, no mesmo ano. Hamilton foi posto como companheiro de Fernando Alonso, então não podia pedir nada naquele momento. Mas seus mimos eram grandes. Alonso também não gosta que as atenções se voltem para o cara ao lado. E a McLaren deixou rolar. Deu no que deu. Brigas, intrigas, protecionismo e envolvimento no escândalo de espionagem levou à quebra de contrato com Alonso. Não dava para dois astros explosivos dividirem a mesma casa. Foi aí que apareceu um Heikki Kovalainen e sua postura nórdica, sem ameaças. 

Só que Kovalainen é muito fraquinho. Não dá aquela ajuda para a McLaren. Se Hamilton ganha, Kova termina lá em quinto, sexto. E para Hamilton está ótimo.

Ao pobre Sutil, os anos de F3 como segunda opção lhe deram uma chance na Spyker. Não que a Spyker também fizesse questão. Sutil sempre esteve acompanhando por alguns milhões. E é um piloto que, na transição para Force India, cresceu. É ótimo em chuva. O pessoal na própria Force India acha que Sutil foi o melhor piloto que passou por lá, inclusive acima de Giancarlo Fisichella. O alemão dá um feedback do que acontece na pista e ajuda no desenvolvimento.

Assim, o cenário é que a McLaren precisa de alguém forte no segundo carro e que não forme o embate visto há dois anos com Alonso. Raikkonen, pois, é a pedida certa, naquela sua toada de “tô nem aí”. Hamilton não quer. Raikkonen é ótimo piloto. Vai que Kimi comece a colocar tempo nele, até porque o finlandês já conhece o modus operandi do grupo de Woking. Daí ter aprovado o nome de Sutil, que faz o trabalho a seu dispor e que, oh!, como brinde, contente a McLaren. Que ainda tem esperanças de persuadir os Hamilton.