SÃO PAULO | A inscrição acaba 12h30 em Jacarepaguá, portanto daqui aproximadamente uma hora no momento em que escrevo este post. Mas Amir Nasr não vai esperar os últimos minutos, nem fazer uma surpresa desnecessária. Não há patrocínio, nem dinheiro. Portanto, pela primeira vez em quase 30 anos de automobilismo brasileiro, não vai colocar sua equipe para disputar uma corrida.
A Amir Nasr está na boca para conseguir uma vaga nos playoffs da Stock, com Antonio Pizzonia. Neste ano, o carro do amazonense estampou dois patrocinadores diferentes, em acordos para determinadas corridas. “A gente começou o ano com vários contratos, muito bons, e foram pipocando um atrás do outro”, contou Amir. “E você não tem como brigar com o patrocinador porque ele justifica que é a crise.”
Nasr fez um paralelo da situação que vive na Europa, com seu sobrinho Felipe Nasr, campeão da F-BMW Europeia. “Eu vivo um paradoxo incrível. Aqui, com resultado e tudo, a gente não consegue patrocínio; lá fora, com uma classificação e uma corrida, o Felipe garantiu o ano.”
A Amir Nasr se junta à Action Power na lista dos times que deixam a Stock — ainda que, no caso da ANR, seja momentâneo. “O Paulo de Tarso foi muito feliz ao falar o que acontece [na entrevista concedida à Evelyn Guimarães, no Grande Prêmio]. A crise é real e está aí pra todo mundo, e não foram tomadas providências para amenizar isso. O Paulo perdeu tudo, mas se fosse em outra época, na corrida seguinte ele já teria os dois carros. O Paulo não fez isso porque o negócio automobilismo está muito ruim.”