Moreno, então, entrou no caso da Renault em Cingapura no ano passado pelos lados de Nelsinho Piquet. A quem defendeu por “não fazer parte de sua criação”. Que conheceu bem pela convivência umbilical com a família. Aliás, a foto é escandalosamente roubada do Diário Motorsport, do amigo Américo Teixeira Jr..
Roberto, que por enquanto largou o volante — logo surge algum convite para ele correr… — contou que não estava sabendo dos detalhes da história. “Eu instalei a Globo (Internacional) recentemente em minha casa”. Moreno vive em Miami. “E acho que já tenho varios fatos para concluir que não foi uma coisa pensada e mandada aquela batida.”
A linha de pensamento de Moreno é clara: Nelsinho não tinha nada a ganhar, poderia se machucar e o plano não seria garantia plena de que daria a vitória a Alonso. Eis seu pensamento na íntegra:
“Primeiro, a batida foi muito forte num muro de concreto. Não acredito que Nelsinho arriscaria se machucar e se colocar em risco, até não correr outras corridas por causa deste acidente. Um piloto, basta uma mão doendo, e não pode correr direito. Bater no muro como ele bateu poderia ter machucado até a coluna ou o pescoço. Além do mais, Nelsinho é um profissional do automobilimo. Todo piloto que consegue chegar aonde ele chegou precisa mostrar ser rapido e constante para ter resultado e estabelecer sua marca de sucesso, pois tem dez outros pilotos bem qualificados batendo na mesma porta para entrar, e sucesso em automobilismo não se atinge através de batidas.”
“Segundo, estava muito cedo na corrida para se concluir que aquilo poderia ter ajudado o Alonso a vencer a prova. Naquele momento, o SC so deu a oportunidade do Alonso a se colocar outra vez na prova, vencer ainda foi mérito dele. Realmente acho que foi coincidência ter sido um acidente com o Nelsinho que ajudou o Alonso nesse caso.”
“Terceiro, com a F1 tão política que existe hoje, acontecendo coisas fora das pistas que às vezes refletem mais no resultado final do campeonato do que as coisas que acontecem dentro das pistas, o que eu acredito é que, com esse briga de leões entre Nelson pai e Briatore, muita coisa deve ter sido dita que tenha gerado este tipo de ‘rumores’, e geram polêmicas assim.”
Moreno acompanhou a carreira de Piquet quase que por completo e iniciou a sua por conta do tricampeão. “Conheço o Nelsinho desde que nasceu, sei dos valores que ele foi criado, e vencer com mérito é um deles, e muito importante para seu pai e herói”, declarou. “Não acredito ele se envolveria em uma situação tão sem valor para vencer, que ele não teria nada a ganhar com isso. Não faz parte da sua criação.”