Blog do Victor Martins
F1

A saída da BMW

SÃO PAULO | Bem, bem, e a BMW anunciou agora há pouco em Munique que seu projeto na F1 subiu no telhado. Acabou. Os amigos não vão cantar mais Bavaria, Bavaria, Bavaria. Bastou um revés, e já era. A BMW é uma equipe que tentava se impor como alternativa ao domínio de Ferrari e McLaren. Mas seus […]

SÃO PAULO | Bem, bem, e a BMW anunciou agora há pouco em Munique que seu projeto na F1 subiu no telhado. Acabou. Os amigos não vão cantar mais Bavaria, Bavaria, Bavaria. Bastou um revés, e já era.

A BMW é uma equipe que tentava se impor como alternativa ao domínio de Ferrari e McLaren. Mas seus alemães tinham características tão japonesas, metódicas, que se privaram de evoluir para pensar neste ano e fizeram da equipe descartável e insossa. Não à toa, tomaram a mesma decisão da Honda.

Vale ressaltar alguns pontos:

1) A saída da BMW abre vaga para mais uma equipe no grid da F1. Como não parece que a FIA e a FOM tenham sido avisadas com antecedência, a entidade de Max Mosley vai precisar ver quais daquelas que foram preteridas ainda têm interesse em entrar na categoria. Consideremos que todas estejam ainda com os projetos engatilhados: se não escolherem a Pendrive, é marmelada.

2) A não ser que alguém apareça e compre o espólio da BMW. 

3) O destino de Robert Kubica e Nick Heidfeld. O primeiro não deve ter muitos problemas para arrumar um lugar, e já se fala até que pode ser o polonês o substituto de Felipe Massa na Ferrari nas provas em que o brasileiro estiver ausente — provavelmente até o fim da temporada. Heidfeld já deu o que tinha que dar. Já não tem o que fazer na F1. Deve se aposentar, ou ser aposentado, melancolicamente. Christian Klien, então, coitado…

4) O anúncio bota fim a um longo sonho de Augusto Farfus Jr.. Farfus sempre quis e esperou uma chance na F1. Anos atrás, deixou a Alfa Romeo, ligada à Fiat, portanto Ferrari, no Mundial de Turismo para se vincular à BMW e esperar que fosse lembrado por Mario Theissen e curriola. Nunca foi. E por não ter tido nenhuma chance, não apareceu. E ninguém vai lhe dar essa chance. Uma pena.

Após a corrida final em Abu Dhabi, a BMW terá escrito uma história curtíssima de quatro anos, depois de ter abraçado a Sauber. Uma vitória, com dobradinha, no Canadá no ano passado, e só. No fim das contas, a BMW não vai deixar muitas saudades. Nem muita história.