Blog do Victor Martins
F1

Nelsinho chegou a ser demitido

SÃO PAULO | As declarações de Nelsinho Piquet nesta sexta, na Hungria, tendem a colocar um ponto final na passagem do piloto pela Renault. O Blog Victal apurou que este ponto final, na verdade, já tinha sido colocado após a prova na Alemanha.  Piquet chegou a ser demitido, sim, após o GP em Nürburgring de duas semanas […]

SÃO PAULO | As declarações de Nelsinho Piquet nesta sexta, na Hungria, tendem a colocar um ponto final na passagem do piloto pela Renault. O Blog Victal apurou que este ponto final, na verdade, já tinha sido colocado após a prova na Alemanha. 

Piquet chegou a ser demitido, sim, após o GP em Nürburgring de duas semanas atrás. Uma fonte atrelada à Renault comentou que “foi incrível o modo como ele foi mandado embora e depois foi readmitido”. A saída fora consumada ainda no domingo em terras tedescas. “Nelsinho estava totalmente fora”, continuou a fonte.

Dá sentido à história o fato de Piquet ter se ausentado do Twitter, ferramenta da qual tem se utilizado diuturnamente, por dois dias. Quando voltou, postou uma mensagem ironizando Galvão Bueno, que havia garantido, em seu programa “Bem, Amigos!” da segunda à noite, o afastamento do brasileiro.

Galvão — digo isso tomando uma boa dose de um Dreher — estava certo. Sua fonte, muitíssimo ligada a Piquet e ao grid da F1 — e digo bota ligada nisso — havia lhe passado a informação certa. Ambos só não contavam com uma reunião em Mônaco, na terça de manhã, entre Briatore, Nelsão e Nelsinho, que proporcionou a volta do último.

Em conversa com outras fontes adjacentes ao caso, há também a preocupação de quem colocar lugar de Nelsinho. A opção natural é Romain Grosjean, claro. Só que o suíço passa por uma fase ruim na GP2. Hoje, em Hungaroring, bateu no treino classificatório com o francês Franck Perera. Cometeu erros na Alemanha. Não foi bem na Inglaterra. Pensam aqueles que defendem Grosjean que não é a hora: é mais fácil fazê-lo campeão da categoria de base do que atirá-lo ao leão Fernando Alonso e ser devorado inescrupulosamente. 

Pensa-se também que a Renault não faria o mesmo que a Toro Rosso, à la Jaime Alguersuari, sem fazê-lo rodar. Assim, um dos fatores que pode ter salvado Nelsinho momentaneamente é a complicação que seria gerada para botar um piloto verde, sem treinos e longe de ser uma solução, de um dia para outro — duas semanas, na linha exata de tempo — para representar a marca francesa. Aí a vaga cairia no colo de Lucas Di Grassi, que tem mais experiência com o carro da Renault. E Grosjean esperaria até 2010.

O próprio Di Grassi, no entanto, acredita que Grosjean seja o favorito nas famosas CNTP, ressaltando o P, que aprendemos nas maçantes aulas de Química.

Hoje, Nelsinho se cansou das declarações críticas de Briatore. Disse que o dirigente não entende porra nenhuma, que é seu manager, mas pisa em sua cabeça, e de que não tem amigos e só pensa em negócios. Das duas, uma: ou Piquet está cônscio de que é o fim da linha ou uma influência de alguém muito forte, maior até do que o pai, o banca até o fim do ano — e não se descarta disso a figura de Bernie Ecclestone.

A dose desceu macia e reanimou.