Massa começou precocemente na F1, mal e imaturo. Foi sacado na Sauber, passou uma temporada como piloto de testes da Ferrari, voltou a ser titular na mesma equipe, teve Jacques Villeneuve e Giancarlo Fisichella como companheiros, aprendeu, substituiu Rubens Barrichello na Ferrari para ocupar a mesma posição que o compatriota tinha, a de segundão, para servir Michael Schumacher. Não era nenhum talento exuberante. Schumacher saiu, veio Kimi Raikkonen, e o finlandês foi campeão naquele ano em que a McLaren fez questão de perder o título.
No ano passado, Massa iniciou o ano da mesma forma que começou a carreira na F1, a ponto de se falar que seria substituído. De repente, Felipe mudou. E não fosse a última curva do GP do Brasil, seria campeão.
Dificilmente se vê Massa cometendo erros. E quando os faz, assume. É um piloto consistente e consciente. Largou em 11º hoje na Inglaterra e veio num ritmo que o permitiu até beliscar um pódio. Com uma Ferrari que não é uma Ferrari — mas, ao menos, não é uma McLaren, uma BMW ou uma Renault. Cinco pontos no bolso, 16 no Mundial, e assim caminha a vida.
Com a confirmação de que se tornou um piloto realmente de ponta.