Blog do Victor Martins
F1

Para falar de corrida

SÃO PAULO | Deu a lógica. Porque se Sebastian Vettel tinha o carro mais pesado dentre os dez primeiros e largava na pole na Inglaterra, significava que tinha um equipamento superior em relação aos demais. Mas um segundo por volta, como aconteceu no começo da prova, é superior demais. Demais a ponto de pensar que […]

SÃO PAULO | Deu a lógica. Porque se Sebastian Vettel tinha o carro mais pesado dentre os dez primeiros e largava na pole na Inglaterra, significava que tinha um equipamento superior em relação aos demais.

Mas um segundo por volta, como aconteceu no começo da prova, é superior demais.

Demais a ponto de pensar que a Red Bull atingiu um estágio, com essa nova configuração aerodinâmica, semelhante ao da Brawn no começo da temporada.

O que deve reacender o campeonato, que parecia fadado ao marasmo e destinado a Jenson Button tal como o toque abrupto que se dá a um embriagado em aclive, o popular empurrão em bêbado em ladeira.

Vettel sobrou, e não vejo melhor palavra para definir sua fácil vitória hoje. Foi só se manter na ponta na largada para despachar o resto. Ainda contou com Rubens Barrichello à frente de Mark Webber para afastar qualquer possibilidade de ver o companheiro em seus retrovisores.

Barrichello fez a corrida que dava para ser feita. Não se pode dizer que suportou a pressão de Webber no primeiro trecho de prova porque não houve pressão do passivo australiano, que preferiu a estratégia nos pits para ganhar o segundo lugar e completar a dobradinha touriana. Curiosamente, Barrichello foi muito melhor que Button no fim de semana na casa do inglês.

E mesmo apagado, Button ainda levou três pontinhos. Viu a diferença para Vettel cair para 25 pontos. Restam oito provas para o final. É muito, ainda, mas, sacumé, corrida é corrida, como diria o outro. E com essa Red Bull destoando, agora, é bem possível que a F1 tenha uma inversão e um cenário trocado para sua segunda metade de Mundial.

O que é ótimo, porque pelo menos a gente pode falar de corrida, finalmente. Ainda que ela não tenha sido um esplendor e um mar de emoções.