Blog do Victor Martins
F1

Briatore e Renault

SÃO PAULO | Uma fonte quente borbulhante, que se junta a uma outra que havia mencionado o fato, comentou há pouco ao Blog Victal que a Renault deve, sim, deixar a F1 em 2010. Mas no fundo, mudaria apenas a direção da equipe e a saída da marca. Porque o dono provavelmente será Flavio Briatore. Não é de hoje que […]

SÃO PAULO | Uma fonte quente borbulhante, que se junta a uma outra que havia mencionado o fato, comentou há pouco ao Blog Victal que a Renault deve, sim, deixar a F1 em 2010. Mas no fundo, mudaria apenas a direção da equipe e a saída da marca. Porque o dono provavelmente será Flavio Briatore.

Não é de hoje que a Renault ameaça subir no telhado da F1. O brasileiro Carlos Ghosn, que preside a montadora, sempre se mostrou reticente quanto ao investimento na categoria, vez ou outra tendo a ideia de pegar o boné. Foi, aliás, algo que esteve por um triz de acontecer no fim do ano passado, com a avalanche que a crise mundial provocou na indústria de automóveis. A Renault viu o que aconteceu com a Honda e resolveu se segurar por mais um ano.

O início frágil de temporada fez os cabeças da equipe e da montadora terem uma série de reuniões em abril, fato citado por este blog, na velha forma, em 8 de maio. Aventou-se a possibilidade, novamente, de deserção, vendo que o carro de competição mal faria Fernando Alonso lutar pelo pódio e duramente estaria entre a zona de pontuação das corridas — fato que, na visão diretiva, influiria nas vendas dos veículos de passeio em todo mundo. A proposta, então verossímil, foi se aproximando da concretização.

Somou-se a isso a polêmica sobre as regras do ano que vem, com a tentativa da FIA em impor um limite orçamentário. Sempre contra, a Renault foi uma das líderes do movimento da Fota, vinculando-se à Ferrari no aviso de que deixariam a F1. Dias atrás, mandou uma carta aos patrocinadores, fornecedores e parceiros enfatizando que pode não estar na categoria em 2010. A Mutua Madrileña, uma das mais recentes apoiadoras do time, já avisou que não renova com a equipe, muito provavelmente já sabedora das intenções da montadora.  

E já que viu o exemplo da Honda no ano passado, o “espólio” da equipe seguirá o mesmo destino. Se a escuderia japonesa foi passada para o chefe e estrategista Ross Brawn, a Renault deve fazer o mesmo. Ou seja, Flavio Briatore tende a ser seu dono.

Na sexta-feira, a FIA divulga o nome das 13 equipes que vão correr na F1 na próxima temporada. Se a entidade e a Fota chegarem a um consenso sobre as regras, a Renault vai se inscrever. Mais para o fim do ano, começaria a se acertar para mudar sua razão social.