INDIANÁPOLIS | Depois que assinei o livro dos jornalistas que vão cobrir a edição da “era centenária” da Indy 500, a responsável pelo credenciamento, Tina Mendenhall, me deu um ‘media guide’.
De 462 páginas. Aliás, descobri o nome completo da Tina na página 2, que fala dos ‘public relations’ locais.
Norte-americano é um povo detalhista ao extremo. A Folha de S.Paulo seria o jornal mais vendido do mundo se tivesse base por estes lados. Basicamente o guia da mídia inteiro traz dados que no fundo são relevantes ou curiosos. O Marcelo Duarte não teria paciência para fazer um Guia dos Curiosos deste.
Abri aleatoriamente o livreto, e a 232 me conta que Willy T. Ribbs, desse eu me lembro, foi o primeiro afro-americano a se classificar para as 500 Milhas, há 18 anos. Quatro páginas depois, leio que a primeira competição que Indy recebeu aconteceu em 5 de junho de 1909, sem relação alguma com corridas. Foi algo válido pelo Campeonato Nacional de Balonismo, organizado pelo Aero-Clube da América. Na 242, soube que os capacetes foram obrigatórios a partir de 1935 e que um novo cabo de segurança foi instalado do lado externo da pista toda em 1964. Entre a 299 e 301 são detalhadas as 35 famílias que participaram da história das provas aqui. E não são comandadas pelos Andretti, que foram cinco no total, mas, sim, pelos Unser: Louis, Jerry, Bobby, Al, Al Jr., Johnny e Robby.
Tudo com uma qualidade primorosa de impressão. Que só podia acabar no American-way-of-life de marketing e vendas. Brought by America’s Best Truck, o Chevrolet Silverado.