Blog do Victor Martins
F1

Fico assim sem você

SÃO PAULO | Tem coisas no mundo que, por possível que seja, não se consegue dissociar. Copa do Mundo sem o Brasil, TV sem Silvio Santos, circo sem palhaço, Piu-Piu sem Frajola e Buchecha sem Claudinho. E F1 sem Ferrari. Neste momento, estão reunidos os homens fortes da equipe italiana em Maranello para averiguarem se vale a pena continuar […]

SÃO PAULO | Tem coisas no mundo que, por possível que seja, não se consegue dissociar. Copa do Mundo sem o Brasil, TV sem Silvio Santos, circo sem palhaço, Piu-Piu sem Frajola e Buchecha sem Claudinho. E F1 sem Ferrari.

Neste momento, estão reunidos os homens fortes da equipe italiana em Maranello para averiguarem se vale a pena continuar na F1. É uma sequência do beicinho que Toyota e Red Bull (ativar modo Toro Rosso, também) já fizeram e que deve ser seguida pela Renault — se esta já não tomou a decisão… Também porque está na moda ameaçar sair. É fashion. É legal. Enfim, a Ferrari, segundo a respeitada “La Gazzetta dello Sport” pode anunciar que, por conta do tal teto orçamentário, não tem interesse em continuar.

Na vida, só não tem jeito para a morte. A F1, mal ou bem, vai seguir sem a Ferrari, como diz Max Mosley. Mas qual é a graça da F1 sem ter a italianada, os tiffosi, a figura de Montezemolo, o vermelho Ferrari? E qual é a razão de ser da Ferrari sem ter a plataforma da F1? Mais do que a associação, F1 e Ferrari formam uma relação de simbiose. Uma se alimenta da outra. 

Difícil, portanto, que a Ferrari comunique sua saída. Talvez seja só mais um capítulo do que se transformou a F1, em um grande reality show. Logo a categoria, com Ferrari e todo mundo, anuncia acordo com a Endemol.