SÃO PAULO – A Ferrari soltou um comunicado há pouco. Não oficializava Felipe Massa como novo pai em novembro, mas disse que vai reunir sua cúpula para avaliar o que foi até agora 2009 e o futuro da F1.
É claro que Luca di Montezemolo vai comer o toco de todos pelas cinco corridas pífias da equipe na temporada. “Siamo nella merda”, ele dirá, e se Kimi Raikkonen for convidado, lá estará tomando sorvete. A questão é o que será da categoria.
A Toyota e a Red Bull (e a Toro Rosso, portanto) já mostraram que podem tirar o time das pistas porque não aceitam o tal teto orçamentário e uma F1 com algo que vale para uma e não vale para outra. A F1 é cara, mas quem entra na brincadeira sabe muito bem de todas as consequências que sofre. Não aguenta, sai e vai beber leite. Não sou muito a favor, mas se quiserem conter custos, que padronizem determinados materiais. Impor um auditor, tipo daqueles da Ernest & Young, que ficam de mão para trás esperando o cupom do sorteio do Caminhão do Faustão, é mais uma das pérolas produzidas neste ano.
Depois da reunião dos engravatados, é bem provável que a Ferrari emita outra nota e fale que assim não brinca mais. Aí Bernie Ecclestone manda Max Mosley às favas junto com a regra. E Mosley, o senhor da F1-que-sabe-sobreviver-sem-a-Ferrari, vai ver a pressão em cima de novo, ver que já não apita mais como antes e pensar. “I’m in the shit”.